quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Celulite

    Provavelmente interrogam-se porque é que nós, que geralmente focamo-nos em questões de saúde e evitamos questões de estética, estamos focados no tratamento de celulite, certo?

    A "Celulite" é uma patologia, que não afecta só a estética em si, mas também a saúde da pessoa, a mobilidade, o metabolismo, e muito mais. Por isso mesmo achamos boa ideia começar a encarar a celulite como a patologia que é, a combinar recursos, pesquisa e métodos, dos antigos aos modernos, para encontrarmos uma fórmula mais eficaz de tratamento.

    Começamos por tentar perceber melhor a patologia em si, os mecanismos que a causam, como funciona e como afecta realmente o metabolismo. Para isso, precisamos primeiro explicar e diferenciar que é "celulite" e o que as pessoas consideram "celulite".

    Celulite real: celul = célula, ite = inflamação, ou seja, uma inflamação das células, que causa dor, inchaço, vermelhão, calor. É uma patologia terrível, que causa geralmente internamento hospitalar súbito porque as células inflamam e crescem descontroladamente, tendo o corpo que ser ajudado por medicamentos, para combater e controlar a inflamação

    Celulite: o que as pessoas percepcionam como celulite é uma patologia chamada "lipohidrodistrofia", que se traduz em: lipo = gordura, hidro = água, distrofia = anomalia de forma ou desregulo, ou seja, basicamente são aglomerado irregulares de água e gordura, em percentagens anómalas, que o corpo não está a processar correctamente.

    Tal como o nome comum indica, sendo algo acabado em "ite", indica-nos uma inflamação dos tecidos. Geralmente muitos dos tecidos com "celulite" estão ligeiramente lesionados, e por isso pode agravar e causar outras patologias também.

    E como se trata um "palavrão" tão grande como lipohidrodistrofia? Começamos por regular o que está desregulado, ajudando o corpo a processar aos poucos o que precisa processar. Sim, é algo lento e trabalhoso, mas o corpo tem total capacidade de corrigir isso, se o encaminharmos na direcção certa.

    Começamos por medir a quantidade de água que a pessoa ingere (a maioria dos pacientes que têm esta "celulite" não sabe quanto ingere, e geralmente ingerem água em quantidade insuficiente). Ao afinar correctamente a quantidade de água diária, 1/3 do trabalho está feito, mas posso garantir que é uma batalha árdua, pois a maioria das pessoas não gosta de beber água, sente que não consegue beber mais, etc., por isso os terapeutas têm que tentar várias estratégias para conseguir o objectivo.

    Muita gente que sofre de "celulite", sofre também de retenção de líquidos. Não se sabe o que veio primeiro, (se o ovo se a galinha...), mas ali também não se sabe se a celulite causou a retenção, se a retenção causou a celulite, mas o que se sabe, é que não se ajudam em nada, por isso é preciso tratar ambas, para resolver o problema.

    A segunda fase é regular a comida, mais exactamente, a gordura. Ajudar o/a paciente a regular a quantidade e qualidade das gorduras ingeridas, para não abusar, e para ajudar o corpo a reduzir a gordura que absorve. 

    Comer correctamente, a qualidade nutricional dos alimentos, quando os comer, e exercício, são a chave para controlar o que o corpo vai fazer à gordura: se absorve em aglomerados anómalos, se expele...

    Quanto a exercício, simplificamos já, "matando um mito": a maioria das pessoas tenta correr para queimar a celulite. Correr, além de poder ser mau para os joelhos, não faz quase nada à celulite, isto porque o exercício rápido faz as células trabalhar muito depressa, sem saberem bem o que fazer. (Além do trabalho à pressa, visto as pessoas geralmente terem pouca água, pior ainda...)

    O ideal de exercício é caminhar. Andar bem, andar longos períodos e manter a passada, ajuda o corpo a processar a gordura correctamente.

    A terceira fase (parte final), após regularmos bem a água e a gordura, é tratamento directo, aplicando massagem localizada. 

    Para isso, usamos 2 técnicas diferentes, que ajudam o corpo a combater a celulite (se o paciente não regula água e gordura, podemos fazer massagem à vontade que aquilo não vai a lado nenhum). O objectivo é o corpo "quebrar" os aglomerados de gordura em pedaços mais pequenos e mais fáceis de processar, e ajudar o corpo a trabalhar a circulação dos tecidos, para facilitar a expulsão da gordura e uniformização dos tecidos:

    Começamos com massagem com cremes frios, pois o frio além de tonificar os músculos e reduzir a inflamação, ajuda a solidificar a gordura disforme, para podermos quebrar mais facilmente. É uma massagem vigorosa e algo dolorosa, mas é necessário para quebrar os nódulos de gordura. 

    Depois massajamos com óleo e com óleos essenciais, tais como ananás e alecrim, que ajudam na remoção da gordura e na retenção de líquidos, tentando assim prevenir o reaparecimento da "celulite". Também podemos usar ventosas, para puxar tensão ao cimo da pele, promover a circulação e ajudar o corpo a remover toxinas mais facilmente.

    Com isto tudo, conseguimos abordar uma patologia complexa, mas é graças aos trabalhos dos/das pacientes que isto se "cura". Sem trabalho de ambos, os massagistas não fazem milagres (infelizmente...).

    Esperamos que este post ajude na compreensão da patologia, nos tratamentos, e na recuperação. 

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Medicina Tradicional Chinesa (MTC) ou Acupunctura

    Muita gente confunde, pensando que são a mesma coisa, ou até que "a medicina chinesa é só meter agulhas"...

    Para isto, escrevemos este texto, para ajudar a desmistificar isto tudo e para ajudar na compreensão do tema (principalmente quem procura tratamento de algo mas têm alguns receios porque não entende a cultura ou métodos de tratamento).

    A acupunctura faz parte da MTC, sendo na realidade apenas cerca de 20% da MTC, sendo eficaz para tratamento directo e imediato, por isso tornou-se mais popular no Ocidente, mas, por incrível que pareça, no Oriente são mais usados os outros ramos da MTC, como a fitoterapia (uso de plantas medicinais), a massagem, a nutrição/dietética e o exercício (tai chi/ chi kung), pois é uma medicina mais preventiva, que consegue tratar com tempo e calma, corrigindo o corpo e mantendo o delicado equilíbrio do corpo.

    Geralmente quando pensamos em MTC, a nossa mente vai logo para a acupunctura, mas muitos acupuncturistas e praticantes de MTC fazem massagem, usando as mãos, alguns aparelhos como ponteiros e gua sha, usam moxa, etc, havendo uma variedade bastante grande de tratamento, sem ter que pensar ou abordar agulhas (para quem têm fobia, isto são excelentes notícias).

    No Oriente, é mais comum o médico de MTC prescrever uma fórmula de ervas medicinais, alterações na dieta, ou alterações no padrão de vida, do que realmente recorrer logo à acupunctura (atenção, isto não tira mérito ou valor algum à acupuntura, pois é uma excelente ferramenta, fazendo parte integral da MTC).

    Esperamos que isto ajude a relaxar as pessoas que têm receios ou dúvidas sobre a MTC, e receio de agulhas também. 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

"Desportos Yin" e "Desportos Yang"

    Antes de mais, lamentamos a nossa ausência. Sabemos que já não escrevemos nem publicamos à algum tempo, mas por isso pedimos desculpa aos nossos caros leitores. Temos andado bastante ocupados, e para atender os pacientes com todo o cuidado e atenção que nos orgulhamos de dar, não tem sido fácil ter tempo e cabeça para escrever. Eis então um conceito que gostaríamos de abordar:


"Desportos Yin" e "Desportos Yang"

    Como terapeutas, muitas vezes recomendamos a prática de exercício físico, pois é importante para manter e regular o equilíbrio do corpo, e muita gente pergunta que exercícios recomendamos... Algumas pessoas acham estranho porquê recomendamos os desportos que recomendamos, e por isso explicamos detalhadamente aos nossos pacientes. Por isso decidimos escrever este texto, para que ajude todos os que procuram esta informação, para que consigam escolher o desporto que provavelmente maior benefício trará.

    Apesar de não abordarmos, aqui e agora, em profundidade o que é o Yin e o que é o Yang (resumidamente são dois conceitos complementares, relativos, responsáveis pelo equilíbrio em tudo que existe na natureza), achamos que muitos Ocidentais já têm alguma ideia básica dos conceitos (se não tiverem, podem sempre perguntar).

    Existem pessoas naturalmente mais Yin (pessoas mais calmas, mais passivas, com mais tendência para a depressão, problemas de estagnação de energia, etc.), e pessoas naturalmente mais Yang (pessoas mais stressadas/nervosas, mais activas, com mais tendência para a hiperactividade, "burnout", etc.). Quando alguém pergunta que desporto deve praticar, além da capacidade física, há algo que gostamos de ter em conta: a natureza da pessoa.

    Se for uma pessoa mais Yin, apesar de naturalmente gostar mais de desportos calmos e pouco vigorosos (xadrez, caminhada, yoga, tai chi, etc.), para a pessoa encontrar o máximo possível de benefícios, deverá procurar um desporto mais Yang.

    Se for uma pessoa mais Yang, naturalmente vai gostar mais de actividades vigorosas (correr, combate, desportos radicais, etc), mas para encontrar o máximo possível de benefícios, deverá procurar um desporto mais Yin.

    Isto leva-nos a um conflito natural: a pessoa provavelmente não gosta daquele tipo de actividade. É natural, e não podemos obrigar. Fazer algum desporto é melhor que nenhum desporto, mas, para a pessoa encontrar um bom equilíbrio, temos que recomendar um desporto que ajude a equilibrar a natureza da pessoa. Alguns dos nossos pacientes que tentaram as nossas sugestões, apesar do início não gostarem, aperceberam-se que além de bons naquilo, tornava-os mais equilibrados. É um desafio que recomendamos, pois vale a pena descobrir.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Como fazemos o nosso diagnóstico?

    Não somos médicos, nem queremos fazer-nos passar por tal. Somos dois profissionais de saúde que devido à experiência pessoal e profissional, e à nossa formação, sabemos analisar exames, tanto radiológicos, imagiológicos, como também bioquímicos. Usamos também os métodos da Medicina Tradicional Chinesa, combinando o diagnóstico de palpação, o de pulso e o de língua. E a agora, na nossa mais recente aquisição para ajudar com o diagnóstico, o Analisador Corporal de Ressonância Magnética Quântica. 

    Para quem não conhece a Medicina Tradicional Chinesa, deve estar a tentar perceber como é que funciona o diagnóstico em si, e como funciona toda esta combinação de diferentes diagnósticos, então passo a explicar:

    O diagnóstico em M.T.C. baseia-se em 4 pilares fundamentais: “olhar, ouvir, perguntar e sentir”, e as técnicas de diagnóstico que usamos são com base nisso mesmo.

    O diagnóstico de palpação é simplesmente sentir com as mãos, a área que o paciente se queixa. É necessário tocar no paciente para percebermos o que se passa concretamente e para interpretarmos melhor o que o paciente tenta explicar. Sentimos, não só a temperatura e textura, como também a rigidez e tensão local. Grande importância é dada às alterações de temperatura numa zona, seja por diferença de temperatura localizada, ou geral. Permite-nos perceber se alguma zona têm excesso ou falta de energia vital, se existem bloqueios, etc..

    O diagnóstico de pulso faz parte do sentir, mas também do ouvir, pois o ritmo da pulsação é importante para perceber a fisiologia e funcionamento do corpo. Sentimos o pulso em vários pontos diferentes e avaliamos não só os sinais que o pulso apresenta, como também o ritmo e como o pulso se comporta ao toque. Actualmente a avaliação de pulso divide-se em 28 tipos diferentes de pulso (diagnósticos possíveis) sendo excelente para perceber principalmente como está o sistema circulatório do paciente.

    O diagnóstico de língua é de vital importância, pois a língua é a extremidade visível de quase todo o aparelho digestivo, sendo por isso usada milenarmente para diagnóstico. Quer gostemos ou não da ideia de andar a mostrar a língua, a língua é uma extremidade visível, e o inicio de tudo que ingerimos. Significa que a língua altera-se se algum órgão se ressentir com algo, se houver alguma alteração metabólica, etc.

    Pode parecer pouco, ou até de nenhuma importância, mas a realidade é que se a digestão for afectada, a língua reflecte isso. Se a absorção de nutrientes for afectada, a língua reflecte isso. Se a temperatura interna do organismo for afectada, a língua reflecte isso… Por isso é uma excelente forma de diagnosticar, muitas vezes até antes de se manifestarem sintomas bem mais sérios e graves.

    Todas estas formas de diagnóstico são usadas e combinadas aqui, no Centro de Terapias S. Natural, para recolhermos a informação necessária do corpo, sabermos interpretar o que se passa, como podemos tratar, etc.




segunda-feira, 29 de março de 2021

Chás medicinais

    Para começarmos com este tópico, algo que é muito recomendado por nós, convêm primeiro começar por explicar a diferença entre chá e tisana:

  • "Chá" é uma planta (mais concretamente um arbusto), com o nome científico de "camellia sinensis". Para ser chá, pode usar uma mistura de variadas plantas mas, têm que conter esta planta específica.
  • "Tisana" pode ser uma ou mais plantas, mas não têm "camellia sinensis".

    Agora que tiramos isso do caminho, vamos então aprofundar o chá em si! Existem variados chás e tisanas medicinais (sempre, obviamente, dependendo o que desejamos tratar). O chá, planta medicinal de variados efeitos, costuma variar entre 3 tipos principais: preto, verde e branco, e variados sub-tipos (oolong, earl grey, matcha, pu-erh, etc.).

    O tipo de chá costuma variar consoante a sua oxidação, sendo o branco o menos oxidado, o verde moderadamente oxidado, e o preto o mais oxidado. A oxidação não só afecta o paladar, como também a sua característica medicinal e a sua forma de preparação.

    Dentro do tipo de chá preto, temos chás famosos como Earl Grey (famoso no Reino Unido) e o Pu-erh (chá chinês envelhecido e fermentado). 

    Dentro do tipo de chá verde, temos chás como o Oolong (chá chinês com um grau de oxidação entre o verde e o preto) e o Matcha (chá verde japonês finamente triturado).

    Dentro do tipo de chá branco, temos chás como Bai Mudan (chá branco chinês de aroma floral forte) e o Bai Hao Yinzhen (chá branco chinês mais suave).

    Quanto aos efeitos benéficos:

  • O chá branco, de paladar suave, é geralmente usado para limpeza e purificação do corpo, sendo por isso usado como base de quase todos os chás medicinais japonêses. Este tipo de chá é delicado, oxidando muito facilmente, e por isso deve ser consumido até 2 horas após a preparação. A folha não deve atingir temperatura superior a 30⁰, para não queimar e libertar toxinas. Este chá é muito usado para acalmar o organismo e ajudar a recompor (por exemplo de gastrites, viroses gastrointestinais, etc.), e sendo também o chá com menos teína (a "cafeína" do chá) torna-o seguro para crianças e toma nocturna, pois não causa despertina.
  • O chá verde, de sabor mais forte que o chá branco, é muito usado como chá medicinal na China, não só pela sua acção revigorante no corpo, como pelo seu efeito diurético. É um excelente tónico, mas a folha não deve passar dos 60ºC, para não queimar e igualmente libertar toxinas. A nível medicinal, é usado quando queremos tratar o corpo, mas também forçar a expelir, sendo assim um bom purgante de toxinas, e tonificador.
  • O chá preto é pouco usado medicinalmente, sendo um bom substituto do café, altamente estimulante e energizante. Por ser mais oxidado, é o chá que aguenta maiores temperaturas, podendo a folha ir até aos 90ºC. 

    Mas atenção, apesar de grande maioria dos chás medicinais virem do oriente, também encontramos boas receitas de chás medicinais com raízes ocidentais, tal como a receita que deixamos aqui de seguida, de "chá da montanha", que é uma receita grega, de uma ilha específica, onde os habitantes têm por hábito tomar esta mistura, e dizem que é o segredo da sua longevidade.

    Existem imensas misturas diferentes, tanto para aromatizar como para tratar. Aqui, infelizmente não as podemos colocar todas, porque além de não "termos tempo", acreditamos que a mistura de chá deve ser elaborada como um medicamento: personalizado para aquela pessoa apenas, para aquele tamanho e peso, para aqueles sintomas e para aquela duração... Não gostamos de generalizar, mas pelo menos ficam aqui as bases do chá, para ajudar a compreender algumas coisas.

Espero que tenham gostado e que seja útil.



quinta-feira, 25 de março de 2021

Cliente ou Paciente?

    Às vezes falamos directamente com os pacientes, outras vezes entre nós terapeutas, e usamos o termo "paciente". Ao ouvirem isto, já tive pacientes a perguntar "paciente?... Não quer dizer cliente?"

    Por isso acho importante clarificar porque fazemos a distinção entre os 2 termos. Esta distinção é algo que é importante para nós, que temos batalhado por fazer as pessoas entenderem, e por isso acho importante partilhar com Vocês, caros leitores.

    "Cliente" é alguem que entra, paga, e sai. Foi ali efectuar um negócio ou transacção, e terminou ali.

    "Paciente" é alguem que sofre de algum problema, que tentamos ajudar. A prioridade não é o dinheiro nem a capacidade económica do paciente, mas sim a saúde. Tratar o problema que aflige o paciente é a prioridade. Mesmo quando tratado (uma sessão) ou em tratamento (várias sessões), é um acto continuo... É alguem que tentamos acompanhar, monitorizar, fazer "check up", e que por vezes debatemos os casos das patologia, mesmo fora de horas de trabalho, quando pesquisamos tratamentos alternativos, etc.

    No caso de "paciente", não se limita ao acto de pagamento. Mesmo depois, continuamos ligados aos nossos pacientes, e esperamos que os nossos pacientes também se sintam à vontade para nos abordar, nem que seja com alguma pequena questão.

    Para nós, terapeutas, nada é "pequeno demais para tratar", não existem "dores normais"... Nada é ignorado. Se algo ocorre, têm que ocorrer por uma razão, por isso quando tratamos o corpo num todo, gostamos que os nossos pacientes mencionem até aqueles pequenos detalhes que já nem se lembravam, mas que pode estar relacionado e até ajudar a compreender o mecanismo da lesão ou doença.

segunda-feira, 22 de março de 2021

Terapias Complementares e Terapias Alternativas

    No nosso espaço praticamos, tanto, as terapias complementares como as alternativas. Damos, sempre que possível e que seja da vontade do paciente, preferência pelo tratamento o mais natural possível.

O que são as “Terapias Complementares”?

    As “Terapias complementares” são todas as que podem ser feitas juntamente com outros tratamentos, inclusive os tratamentos de medicina convencional. Tentamos sempre que a nossa abordagem seja complementar e multidisciplinar, tentando sempre tratar o corpo de forma holística, nunca interferindo com tratamentos de outros terapeutas ou médicos. 

    As terapias complementares também são usadas para recuperação de lesões ou problemas, e por isso é frequente tratarmos pessoas que foram anteriormente operadas ou acompanhadas medicamente (com fármacos, fisioterapia, etc.), tentando que a nossa abordagem ajude o paciente, pois é isso mesmo que acreditamos, que “a saúde do paciente está em primeiro lugar”, independente de “quem” ou “como” cura.

O que são as “Terapias Alternativas”?

As “Terapias alternativas” são todas as formas de terapias que não são contempladas como medicina convencional. Apesar de nos últimos anos a lista de métodos terapêuticos reconhecidos em Portugal ter aumentado, ainda é muito limitada, havendo certos tipos de tratamentos que utilizamos que ainda não são reconhecidos, (mesmo com valiosos contributos para a medicina global e comprovados cientificamente), como “medicina” em Portugal.

Bons exemplos disso são a massagem em si, shiatsu (massagem tradicional japonesa), magnetoterapia (uso de ímanes para fins terapêuticos), etc. 

        Conclusão: Qualquer terapia, mesmo que considerada alternativa, que possa e seja usada em complemento com outras medicinas sem interferência (mesmo a convencional), são terapias complementares. 

quinta-feira, 18 de março de 2021

O que são as terapias orientais?

  Muitas das pessoas, quando olham ao nosso preçário perguntam-nos: “o que são as terapias orientais?”, e hoje venho-vos esclarecer sobre o que são e quais delas fazemos no Centro de Terapias S. Natural.

Vamos começar por “o que são as terapias orientais?”:

Basicamente, são todas as terapias originárias e utilizadas nos países orientais. São naturais, e consideradas atualmente como “medicinas alternativas”, mas antigamente eram as únicas que existiam, e englobam:

    • Acupunctura - A mais conhecida de todas! Esta para já não a praticamos, mas se tudo correr bem, assim que acabarmos os curso iremos pô-la em prática;

    • Reflexologia - Não pomos em prática directamente, mas usamos os seus principios para alguns tratamentos. A prática directa está para breve);

  • Reiki – Sistema de tratamento energético, para ajudar o corpo a encontrar equilíbrio. Fazemos, tanto a pessoas, como a animais;
  • Tui Na – Massagem tradicional chinesa. Não a praticamos na totalidade, mas usamos algumas técnicas desta massagem para um melhor tratamento dos nossos pacientes;
  • Shiatsu – Massagem tradiconal japonesa. Exatamente como acontece com a massagem Tui Na, usamos apenas algumas técnicas (pode ser executada no chão ou na marquesa);
  • Gua Sha – Massagem tradicional de raspagem, considerada em várias línguas como “raspagem terapêutica”, sendo o termo “Gua Sha” a variante chinesa. Realizamos esta terapia, com auxilio de um “Gua Sha”, uma peça em osso polido.
  • Yoga – Forma de exercicio milenar, considerado como “património da humanidade”. Recomendamos a sua prática a quase todos os nossos pacientes, muitas vezes demonstrando alguns exercicios no nosso centro, pois é uma forma natural de fazer exercicio sem abusar do corpo, e ao mesmo tempo ajudar com a postura e melhoramento de dores articulares. Como o Telmo é instrutor de yoga, muitas vezes demonstra os exercicios ou faz “lado a lado” com os pacientes, para os ajudar a corrigir a forma;
  • Auriculoterapia – Tratamento com pontos de reflexologia na orelha, que podem ser estimulados com agulhas, manualmente, ou com sementes; Realizamos esta terapia, com bastante sucesso, principalmente no que toca a patologias crónicas.
  • Massagem com taças tibetanas – Fazemos, e esta é a única massagem que pode ser feita de forma segura a doentes oncológicos, por não haver estimulação manual dos tecidos. É uma massagem extremamente relaxante, mas usada para fins terapeuticos do corpo e da mente. Muitas vezes usada para ajudar com ansiedade, stress, insónia, hiperactividade, etc.;
  • Acupuntura Coreana – Usando um sistema semelhante à reflexologia, e que equivale ao sistema de meridianos de acupuntura chinesa, é feita sem agulhas e apenas na zona das mãos. Este tipo de “acupuntura” realizamos;
  • Ventosoterapia – Terapia que usa ventosas para criar pressão negativa no corpo. Podem ser usados vários materiais para as ventosas, ficando fixas ou móveis no corpo. (Quem já é nosso paciente, sabe que recorremos regularmente às ventosas nos tratamentos, para uma melhor recuperação do paciente);
  • Moxabustão (ou também chamada “Moxibustão”) – É um tratamento térmico, que usa o calor como forma de relaxar o corpo, e remover humidade do corpo. É uma queima controlada de uma erva medicinal. Também fazemos. É o tratamento com o “charuto gigante” que ficamos a “cheirar a lareira” :D ;
  • Alimentação macrobiótica - Esta não dá para fazer no nosso espaço, mas quem quiser pode fazer em casa;
  • Magnetoterapia – Uso terapeutico de imãns. Fazemos com os imãns grandes, com caneta magnética e com os imãs pequenos, que podem levar para casa para irem fazendo tratamento continuo;
  • Massagem ayuvedica – A medicina Ayurvédica é tradicionalmente indiana, sendo um excelente, e bastante complexo, sistema medicinal, que têm por objectivo ajudar a repor o equilíbrio no corpo. (Não a praticamos);
  • Fitoterapia Oriental – Uso de plantas medicinais de origem oriental (e europeia, sendo a parte “europeia” adicionada nos anos mais recentes), com objectivos medicinais. Não só os povos orientais usam muitas mais plantas para fins medicinais que os europeus, como também aproveitam quase todas as partes das plantas para fins terapeuticos;
  • Tai chi, Qi Gong e Chi Kung – Sistemas de exercicios que têm como objectivo ajudar e melhorar a energia vital dos praticantes, e ajudar no equilíbrio fisico/psicologico, no dia-a-dia. (Apesar de, de momento, não fazermos no nosso centro, recomendamos a praticamente todos os nossos pacientes, para que façam em casa);
  • Etc. - Existem imensas e variadas formas de “terapias orientais”, mas aqui apenas metemos as principais e mais conhecidas na Europa.

Esta é apenas uma pequena amostra das terapias orientais que existem. Algumas já conhecem, outras provavelmente já ouviram falar, e outras desconheciam a sua existência, pois não são comuns cá... é normal. 

Espero que tenham gostado.

segunda-feira, 15 de março de 2021

R.I.C.E

    R.I.C.E é um acrónimo de um principio usado em medicina (principalmente medicina desportiva). É um dos princípios que se aprende logo bem cedo no tratamento de lesões, e é das coisas mais úteis que podemos aprender quando lidamos com lesões sérias. É frequente ver anotações médicas onde escrevem simplesmente nas recomendações "R.I.C.E.", em vez de escrever um a um, detalhadamente. 

    R.I.C.E. significa:

  • Rest (Descanso)
  • Ice (Gelo)
  • Compression (Compressão)
  • Elevation (Elevação)

    Estes são os quatro elementos deste princípio extremamente eficaz no tratamento de lesões, e tentaremos analisar um a um, para determinar o "porquê":

    Sem descanso, uma lesão não se trata correctamente! (Sim, pode ir melhorando aos poucos, mas nada é garantido, muito menos uma melhoria!). Se não paramos de esticar e contrair o músculo, se não paramos de o usar, ele não consegue regenerar-se correctamente e pode ainda piorar. Por isso mesmo, aliviar a carga na zona lesionada e descansar, são importantíssimos no tratamento de uma lesão.

    Sem aplicarmos gelo, além de inflamação, temos acumulação de líquidos, hematoma, e outras possíveis complicações. O gelo faz uma constrição da zona, o que além de evitar ou reduzir a inflamação, tenta manter os tecidos no lugar, evita que haja derrames ou líquidos acumulados na zona, etc.

    Compressão é importante para manter tudo no lugar certo. Para isso, é importante que primeiro seja verificado por um profissional, para garantir que realmente está tudo no local certo, antes de aplicar compressão para evitar movimentos desnecessários e impedir que algo saia do lugar. Não é só apertar, mas sim saber também quanto devemos apertar.

    Elevação é excelente para garantir "escoamento" dos fluidos do corpo. Se aplicarmos elevação, reduzimos o inchaço e a retenção de líquidos indesejados. 

    Tudo isto junto, quando bem aplicado, ajuda o corpo a recuperar rapidamente de lesões. Apesar de ser aplicado às vezes nas lesões do dia-a-dia, este principio é dos mais usados para correcto tratamento de lesões desportivas. Se funciona bem com desportistas de alto desempenho, de certeza que funciona bem para lesões ligeiras do dia-a-dia.

quinta-feira, 11 de março de 2021

Stress

Quem agora em tempo de pandemia, não está sujeito a stress? Ou por causa do teletrabalho? Ou pela telescola? Ou pela redução de rendimentos? Ou pelo excesso de trabalho? Ou pelo medo do vírus? Ou pelo confinamento? Ou por tantos outros motivos que nos causa stress. 

Segundo a OMS, o stress é a “epidemia de saúde do século XXI”.  Cada vez há mais pessoas a sofrer de doenças causadas pelo stress, e para o combater, é preciso primeiro perceber “O que é o stress?”. 

O stress é a pressão ou constrição exercida sobre algo ou alguém. A pressão exercída causa alterações físicas, psicológicas e metabólicas no nosso corpo. 

As consequências do stress são:

    • Reduz o sistema imunitário;

    • Aumenta a probabilidade de vir a sofrer de obesidade;

    • Aumenta a probabilidade de vir a sofrer de anorexia / bulimia.

    • Aumenta a probabilidade de vir a sofrer de hipertensão e/ou diabetes;

    • Aumenta a probabilidade de vir a desenvolver uma doença coronária;

    • Aumenta a probabilidade de desenvolver úlceras nervosas;

    • Diminue a fertilidade;

    • Problemas no sistema digestivo (prisão de ventre e/ou diarreia);

    • Flatulência;

    • Dores de cabeça, barriga e/ou costas;

    • Em casos extremos, pode desenvolver um “burnout”.


(Já se sente stressado só de ler a lista? Esperamos que não!) 


Os Sintomas do Stress podem ser físicos ou mentais, tais como:

    • Cansaço mental e físico;

    • Perda de memória;

    • Dificuldade de concentração;

    • Ansiedade;

    • Alterações de humor;

    • Insónias;

    • Dores musculares;

    • Dores de cabeça;

    • Azia;

    • Tonturas;

    • Perda do desejo sexual;

    • Queda de cabelo;

    • Herpes;

    • Sentir-se sobrecarregado;

    • Tristeza;

    • Depressão;

    • Irritabilidade excessiva;

    • Etc.

Estes são alguns exemplos. Os sintomas podem ser bastante variados e dispersos, e cabe a um profissional de saúde, após a avaliação do paciente, perceber se os sintomas que ele(a) se queixa são devido ao stress ou têm outra causa.

Agora vêm a pergunta chave: “Como reduzir os efeitos do stress?”. 

    • Alimentação equilibrada e saudável;

    • Fazer exercício físico (apesar de agora estarmos confinados não significa que não nos possamos exercitar, podemos fazer Yoga, pilates, tai chi, chi kung, etc., isso sem sair de casa. Se precisar de apanhar um pouco de ar, coloque a máscara e pode ir dar a volta ao quarteirão, a correr ou a andar);

    • Meditação;

    • Massagem de relaxamento, pedras quentes ou com taças tibetanas;

   (eu sei, estas três massagens, neste momento estão fora de questão de momento, por ordem do governo, mas quando acabar o confinamento é uma boa opção para relaxar)

    • Chá / infusão medicinal;

    • Suplementos alimentares;

    • Ouvir música;

    • Medicação (em casos mais complexos);

    • Etc. 

Basicamente fazer algo que goste e o(a) ajude a relaxar.


Espero que tenham gostado

*Nenhum post aqui feito substitui uma avaliação, diagnóstico e/ou tratamento médico.

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